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Aníbal Cavaco Silva está (finalmente) de saída. Capa do jornal Público de hoje.
A maravilhosa capa do 26.º aniversário do Público, à esquerda a edição de Lisboa e à direita a do Porto, com Nelson Évora que foi director por um dia.
Atenção, adoro Terrence Malick, já nos deu algumas obras primas. Mas, este "Cavaleiro de Copas" é mais uma versão do seu maravilhoso "A Árvore da Vida" (2011).
Sinopse: Um argumentista, Rick (Christian Bale) cede à tentação de tudo o que Los Angeles e Las Vegas têm para oferecer, empreendendo uma busca pelo amor e de si próprio através de uma série de aventuras amorosas com seis mulheres diferentes (Cate Blanchett, Natalie Portman, entre outras).
O texto que se segue não contém spoilers.
A "Árvore da Vida" é daqueles filmes que nos preenchem por completo, dão-nos vida. Aconteceu-me isso na altura em que o vi, mas já me aconteceu com outros filmes ao longo da vida. Apesar de eu ser muito exigente comigo e com os outros, não peço que tudo o que façam seja assim, mas que seja minimamente decente.
O realizador americano Terrence Malick é um poeta, um filosofo, que através de imagens e de uma realização extremamente inovadora já nos deu filmes como "Noivos Sangrentos" (1973), "Dias do Paraíso" (1978), "A Barreira Invisível" (1998) e o já referido "A Árvore da Vida".
Não sei o que se passou com esta película. A realização, que continua a ser fora da caixa, não nos deixa acompanhar a história. Os seus já característicos planos não acrescentam nada à história. A historia, não é linear (nem tem que ser), é uma amalgama de distúrbios e cheia de ruído. A fotografia essa continua irrepreensível, mas essa é da responsabilidade de Emmanuel Lubezki.
O que mais me chateou no "Cavaleiro de Copas" não é o facto de ser uma versão mal parida da sua obra prima de 2011. O que mais me aborreceu também não foi ver que este filme é uma réplica mal endrominada do seu filme anterior "A Essência do Amor" (2012). O que mais me tirou do sério foi verificar o vazio que existe em todo o filme. "Cavaleiro de Copas" é um vazio, um vazio confrangedor, cego, surdo e mudo. E chateia-me o facto de que provavelmente Malick queria filmar esse vazio, o vazio que existe naquele personagem protagonizado do Bale, mas que simplesmente não o conseguiu. E aborrece-me, mesmo muito, constatar que o seu próximo filme "Weightless" (2016), também com Christian Bale, Cate Blanchett, Natalie Portman e mais umas quantas estrelas de Hollywood, promete ser mais uma versão dos seus últimos filmes... e isso aborrece-me muito, mesmo muito.
1 estrela em 5.
Filme visionado a convite da NOS Audiovisuais.