Os vencedores dos Screen Actor Guild, ou simplesmente SAG, do sindicato dos actores, foram anunciados na última madrugada. E há algumas coisas a reter. Enquanto que os Oscars andam a debater sobre as questões de justiça racial, esta noite um mesmo actor, negro, não afro-americano, mas britânico levou para casa dois prémios. Idris Elba arrecadou o prémio para Melhor Actor Secundário no filme "Beasts of No Nation" e para Melhor Actor num Telefime ou Minissérie. Esta (pequena) vitória soube melhor pois são os próprios actores que votam nos SAG e só vem dar razões à horda de críticos em relação à Academia e aos seus Oscars. Algo está mal, mas o quê e mudar como?
De salientar ainda que "O Caso Spotlight" venceu o prémio para Melhor Elenco (na imagem) e Leonardo DiCaprio recebeu mais um prémio pela sua performance em "The Revenant: O Renascido". Como era esperado, Brie Larson foi considerada a Melhor Actriz por "Quarto" e Alicia Vikander a Melhor Actriz Secundária por "A Rapariga Dinamarquesa".
Em televisão a série "Orange is the New Black" continua a somar prémios, Melhor Elenco e Melhor Actriz de uma Série Cómica. O elenco da série britânica "Downton Abbey", na sua derradeira temporada, foi considerado o Melhor Elenco para uma série Dramática.
Tenho medo. Sim, tenho medo de Marcelo. Tenho medo deste populismo encapuzado que coroa um candidato que fez uma campanha bem comportada e sem fazer mossa com um único objectivo: não fazer estardalhaço para vencer estas eleições com alguma vantagem indiscutível.
Neste meu comentário não importa se Vitorino silva (Tino de Rans) teve um resultado a escassos votos de Edgar Silva, candidato que eu apoiava. Nem a desilusão que foi Maria de Belém, nem a excelente votação que Marisa Matias teve. Ou sem sequer importa que a esquerda aparentava estar dividida ou que Sampaio da Nóvoa quase foi a uma segunda volta.
Aqui importa que 2 410 171 pessoas, 52% dos votantes, votaram numa candidatura mascarada, num candidato mascarado. A manchete do Jornal de Notícias de hoje é a que melhor descreve o que se passou ontem: Marcelo foi coroado como um rei, não como Presidente.
Anteontem morreu Ettore Scola, tinha 84 anos. O realizador italiano, à esquerda na foto, deu-nos a conhecer um estranho, grotesco e invulgar realismo. Nunca me hei-de esquecer do que senti ao ver o filme "Feios, Porcos e Maus" (1976) e aquelas cenas maravilhosas e soberbas da família sentada à mesa a comer...
Ainda não tinha falado disto porque fui-me esquencendo...
No início de Dezembro o Pedro Neves do Blogs Sapo pediu-me para escolher um filme para a iniciativa O Melhor de 2015. A escolha foi difícil, pois não me veio logo à memória e até ao final do ano ia estrear algumas coisas boas. A escolha poderia recair num filme de 2015 ou não, visto no cinema ou não.
Como vejo muito cinema decidi estabelecer algumas regras: teria que ser um filme de 2015, visto no cinema e que me tivesse dito alguma coisa e que fosse, na verdade, bom cinema. Como estava a ter alguma dificuldade em me lembrar de algo, visto que só me vinha à cabeça porcarias, conversei com uma amiga. E, foi nessa conversa que se me fez luz. Curiosamente, vimos o filme juntos...
O resultado final foi este:
"Táxi, de Jafar Panahi, é um filme que não é bem um filme, é um documentário que também não é, é uma ficção que é toda ela a ironia de um país e de uma vida presa num táxi pelas ruas de Teerão, Irão."