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desde 1979

Um blog pessoal sobre várias visões: comida, cinema, música, alguma cultura, política e o dia-a-dia.

desde 1979

21
Ago15

Desafio: Quando eu era miúdo... parte 3

Luís Veríssimo

A parte 3 do desafio das 50 coisas em miúdo. Parte 1 e Parte 2.

Macaulay Culkin e Anna Chlumsky em "O Meu Primeiro Beijo" ("My Girl", 1999) de Howard Zieff.

21. Quando eu era miúdo... andei no mesmo Jardim Infatil, na mesma Escola Preparatória e na mesma Escola Secundária que o meu boy, mas só nos conhecemos já em Lisboa.

22. Quando eu era miúdo... dei o meu primeiro beijo, a uma miúda (a Vanessa), com 12 anos (acho), senti borboletas no estômago, não gostei, não por ser com uma rapariga, mas porque achei aquilo tudo muito estranho.

23. Quando eu era miúdo...  não me interessava por miúdas, nem por miúdos, por isso é que não gostei do meu primeiro beijo, aliás, considero que a minha consciência sexual surgiu tardiamente, só lá para os 16 anos.

24. Quando eu era miúdo... fui dos primeiros da minha turma a começar a ter pêlos no corpo, sobretudo na zona púbica.

25. Quando eu era miúdo... sempre tive (tenho) facilidade em travar conhecimentos e fazer amizades (conseguir mantê-las já é outra história).

26. Quando eu era miúdo... era (sou) o que se chama um "falso extrovertido", na verdade era (sou) tímido, parece mentira, mas é verdade, precisava (preciso), quase sempre, de um ratilho.

27. Quando eu era miúdo... por ter andado muito em médicos, nunca tive problemas em me despir e estar nu perante estranhos, ainda hoje não tenho pudores ou vergonhas.

28. Quando eu era miúdo... diziam que eu tinha mau feitio, ainda hoje dizem isso, não sei bem porquê.

29. Quando eu era miúdo... houve um dia que mandei à m**** um tio meu, que me estava a ralhar comigo (com razão) por eu estar a fazer birra, tinha aí uns 13 anos.

30. Quando eu era miúdo... bati na minha (primeira) madrasta, ou seja, respondi com uma chapada, uma chapada que me deu, a briga foi de tal ordem que desde esse dia nunca mais vivi com ela, tinha 14 anos.

 

19
Ago15

Desafio: Quando eu era gaiato... parte 2

Luís Veríssimo

Parte 2 do desafio começado na passada segunda-feira.

"Que Sera, Sera (Whatever Will Be, Will Be)" por Doris Day e Christopher Olsen numa cena do filme "O Homem Que Sabia Demais" (1956, Alfred Hitchcock).

11. Quando eu era gaiato... a minha mãe adorava ver televisão (enquanto fazia tricô, croché ou malha) e nós (eu e o meu irmão) também, víamos religiosamente séries como "Missão Impossível" ou "Espaço 1999".

12. Quando eu era gaiato... era frequente escapar-me à noite da cama para a sala para ir ver os filmes que davam durante a madrugada. Uma vez vi o "Alien" (o primeiro), fui apanhado (ou pelo meu pai ou pela minha mãe), quando regressei à cama tive um pesadelo, mas adorei o filme, ainda hoje é um dos meus filmes de eleição.

13. Quando eu era gaiato... o gosto de ver imagens em movimento era tal, que até ia ao cinema sozinho, ainda hoje adoro cinema e séries, vejo de tudo um pouco, para mim não é só um entretenimento, é quase um objecto de estudo, e continuo a ir ao cinema sozinho... confesso, sou um viciado.

14. Quando eu era gaiato... para além de gostar de ver filmes e séries, adorava ler, sobretudo banda-desenhada do Tio Patinhas e afins.

15. Quando eu era gaiato... adorava brincar com legos e carros, divertia-me a fazer construções e a destruí-las.

16. Quando eu era gaiato... brincava muito na rua, sobretudo num terreno atrás do nosso prédio que tinha umas caves e catacumbas, onde um dia furei uma perna com um ferro (é uma das minha cicatrizes).

17. Quando eu era gaiato... era tão traquinas que quando íamos visitar o meu pai a alguma das obras onde estava a trabalhar tinham que andar sempre de olho em mim, pois às vezes desaparecia. Uma vez um besouro (ou abelha ou moscardo) entrou-me pelo ouvido dentro, tiveram que o tirar depois de o afogarem em azeite, foi uma das minhas piores vivências.

18. Quando eu era gaiato... ia-me afogando, estou a exagerar, mas foi o que senti. Em pleno Inverno, numa travessia do Guadiana, estávamos nós os 4, mais umas pessoas e um tio meu, e ao sairmos do barco eu e o meu tio ficámos para o fim, ele estava atrás de mim e eu ia a sair quando escorreguei da borda e as três coisas que senti foram: um frio tremendo até à cintura, uma dor lacerante na parte da frente do pescoço e um sofoco imenso, tendo deixado de respirar (o meu tio conseguiu ter reação suficiente para me agarrar pela parte de trás da roupa).

19. Quando eu era gaiato... tive outras experiências, digamos que traumáticas, como por exemplo a morte da minha mãe, eu tinha 12 e o meu irmão 14.

20. Quando eu era gaiato... a morte da minha mãe veio quebrar a redoma onde eu e o meu irmão vivíamos e tornou-se o acontecimento que nos moldou e nos transformou. O que vivemos foi muito dramático.

17
Ago15

Desafio: Quando eu era pequenino... parte 1

Luís Veríssimo

O desafio é contar 50 coisas, factos, vivências sobre nós de quando éramos miúdos, garotos, pequeninos. O objectivo é dar-nos a conhecer. Vou transformar este desafio numa série de 5 posts, em que partilharei de cada vez 10 bombásticas (ou nem tanto) revelações...

 

 "Quando eu era pequenina" por Gisela João

  1. Quando eu era pequenino... passava a vida doente, era a doença em pessoa vá. Eram as crises de asma, foi a varicela, papeira e sarampo, eu sei lá mais o quê.
  2. Quando eu era pequenino... fui operado 4 vezes, incluindo ao apêndice, nenhuma das cirurgias foi estética.
  3. Quando eu era pequenino... devido ao facto de muitas vezes estar doente adorava brincar sozinho, mesmo tendo um irmão mais velho.
  4. Quando eu era pequenino... adorava brincar com os amigos do meu irmão (sempre me dei com pessoas ou mais velhas que eu ou mais novas, quase nunca da minha idade), ele detestava, claro.
  5. Quando eu era pequenino... eu e o meu irmão fartávamo-nos de andar à porrada, era a nossa "brincadeira" favorita em conjunto, o que deixava a nossa mãe furiosa.
  6. Quando eu era pequenino... era um castigo para comer, o que deixava a minha mãe... furiosa. Hoje em dia comer é um dos meus passatempos favoritos, tanto é que até um curso de cozinha tenho e grande parte das minhas memórias de infância estão relacionadas com comida, vá-se lá saber porquê.
  7. Quando eu era pequenino... tinha uma vizinha do lado (cabo-verdiana, mulata, casada com um angolano, branco, cuja filha deste detestava a madrasta "preta" e eu detestava esta mulher birrenta e ingrata), que adorava e que me ensinou a gostar de comida africana, comida condimentada, comida cheia de especiarias e pimentas, comida cheia de vida como ela.
  8. Quando eu era pequenino... brincava muito com uma outra vizinha do lado, mais nova uns 2 anos, que eu adorava, acho que foi a minha primeira paixoneta, sem saber o que isso era.
  9. Quando eu era pequenino... vivi em vários sítios, mas os que tiveram mais importância, não só por terem sido aqueles onde vivi mais tempo e de que guardo mais memórias, mas que tiveram uma importância tremenda na minha vida e que contribuíram para o que sou hoje, foram Setúbal e Ourique.
  10. Quando eu era pequenino... sofri muito quando tive que deixar Setúbal aos 14 anos e ir viver para Ourique, a minha sanidade estava em jogo e na altura era, para mim, a decisão mais acertada.
14
Ago15

Cinema | "A Família Bélier" (2014)

Luís Veríssimo

Adorei. É lindo, lindo, lindo. É mesmo bonito. Uma história simples com uma essência extraordinária. Ri e até chorei - já há algum tempo que isso não me acontecia. "A Família Bélier" (2014, França) de Eric Lartigau estreou ontem e conta com Louane Emera, Karin Viard, François Damiens, Eric Elmosnino nos principais papéis. A não perder, mesmo!

A família Bélier é uma simpática família francesa que se dedica à produção de laticínios.

Todos são surdos com exceção de Paula, de 16 anos. Ela é a intérprete dos seus pais e um elo essencial, em especial, no que respeita ao funcionamento diário da quinta da família.

Um dia, incitada pelo seu professor de música, Paula descobre um talento para cantar e decide preparar-se para a audição do Coro da Rádio France. Trata-se da escolha de uma vida que irá distanciá-la da sua família e forçá-la a crescer.

Uma comédia francesa que explora o charme da vida rural e agrícola, e que só em França atingiu os 7 milhões de espetadores, muito graças a Louane Emera, participante no The Voice, la plus belle voix e vencedora do Prémio César da melhor esperança feminina de 2015.

Sinopse retirada daqui.

06
Ago15

Hiroshima Mon Amour

Luís Veríssimo

 Hiroshima, segunda-feira, 8h15, 6 de Agosto de 1945, há 70 anos, é lançada a primeira bomba atómica, denominada Little Boy, de um avião com o nome Enola Gay. A cidade japonesa, por onde chegaram a andar os portugueses durante as suas descobertas, ficou totalmente arrasada, morreram instantaneamente 80 mil pessoas.

 Em Dezembro de 2013 visitei Hiroshima, numa viagem inesperada, que incluiu também Tóquio e Quioto, onde passei o Natal e a Passagem do Ano. (A título de curiosidade, vi o Imperador Akihito e a Imperatriz Michiko a acenarem da varanda do Palácio Imperial em Tóquio.) Hiroshima, Nagasaki e a II Guerra Mundial são ainda hoje, e hão-de ser sempre, uma dor difícil de engolir para os japoneses, o sofrimento é muito, um luto que não tem fim, resultante da mera barbárie humana.

Algumas fotos dessa minha viagem publicadas hoje na minha conta de Instagram:

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04
Ago15

Seriólico - Mr. Robot

Luís Veríssimo

Seriólico me confesso... "Mr. Robot" (2015, EUA)

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 Originalmente transmitida no canal USA, Mr. Robot é já um acontecimento desta summer season.

O texto que se segue não contém spoilers.

 Sinopse: A série conta a história de Elliot Alderson (Rami Malek), um jovem programador que trabalha como engenheiro de cyber-segurança de dia e como um hacker à noite. Quando o misterioso líder de um grupo de hackers recruta-o para destruir a empresa que ele é pago para proteger, ele tem que tomar a decisão da sua vida.

 Adoro esta série. Gosto mesmo muito. É bem escrita, bem realizada, tem bons diálogos, é sem dúvida uma série completa, um absoluto deleite…

 Confesso que no início tive alguma dificuldade com a interpretação de Malek, apesar de gostar imenso do seu personagem, não sei porquê e que até é uma coisa estranha, mas só via os seus maneirismos e tiques e que me pareciam extremamente exagerados… enfim. Nos últimos dois episódios fui vendo uma outra interpretação de Malek, mas algumas cenas dos últimos episódios foram abolutamente maravilhosos. Para mim outro dos pontos mais fracos da série, sobretudo nos primeiros 3 episódios, eram as personagens secundárias femininas e a culpa nem era das actrizes. Foram muito pouco desenvolvidas. Em contra partida as personagens secundárias masculinas são mais fortes e foram mais trabalhadas. Na verdade, um dos grandes calcanhares de Aquiles, é de facto, o avanço que a história tem, ou neste caso, pouco tem... parece que há medo em avançarem, o que é pena, pois têm matéria para isso.

 Resumindo, adoro a série, é verdade. Tem sido dos melhores momentos televisivos desta temporada de Verão, senão mesmo o acontecimento da televisão americana nestas últimas semanas. Põe a um canto outras séries e produções já com algum estatuto... e é bem capaz de se tornar num fenómeno e numa série de culto.

 

01
Ago15

Paixões | Joana Carneiro

Luís Veríssimo

Joana Carneiro de 39 anos, faz 40 em Setembro próximo, é maestrina e é, desde Janeiro de 2014, Maestrina Titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Para mim é um deleite vê-la a conduzir uma orquestra, é bela e graciosa, é esplendorosa e maravilhosa, é elegante e frenética. A última vez que a vi foi na condução da ópera "The Rake's Progress" de Igor Stravinsky no Teatro Nacional de São Carlos em Junho. Não a conheço pessoalmente, apesar de termos conhecidos em comum, portanto nada disto é bajulação. E não, não sou erudito, nem pertendo sê-lo, apenas tenho uma paixão louca por esta mulher, confesso...

No vídeo em baixo pode-se ver e ouvir Joana Carneiro a conduzir o Coro e a Orquestra Sinfónica de Gotemburgo em "Verdi's Requiem" (com os solistas Julianna Di Giacomo, Karen Cargill, Steve Davislim e Henning von Schulman e como primeiro-violino Vlad Stanculeasa). Gravado a 15 de Março de 2015. É hora e meia de puro prazer.

 

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