All You Need Is Love
E., a cantar: ♪ There's nothing you can do that can't be done ♪
A.: A tua mulher é uma santa!
E., peremptório: Eu não tenho mulher! - continua a cantar - ♪ Nothing you can sing that can't be sung ♪
A., insiste: A tua namorada deve ser uma santa!
E., continua firme e a cantar: ♪ Nothing you can say but you can learn how to play the game ♪ Não tenho namorada...
A., continua a insistir: Não tens namorada?
E., secamente: Não. ♪ It's easyyyyyyyyy ♪ All you need is love ♪ All you need is love ♪ All you need is love ♪
Ouvido ontem nos chuveiros, após a aula de natação.
Se não os conhecesse, se não visse e se não soubesse que estavam na galhofa, apesar de não serem meus colegas de nível, ter-me-ia feito alguma confusão a insistência do A.. Ainda por cima quando o E., no início da época, foi acusado por uma mãe descontrolada, que ele, o E., teria assediado o seu filho adolescente. Uma escandaleira que eu nunca havia presenciado naquela piscina, em praí 10 anos (?) em que a frequento. O E. se pudesse ter-se-ia enfiado num buraquinho se ali surgisse um assim a modos que de repente. O adolescente, presente, tremia que nem varas verdes de olhos perdidos e pregados ao chão. Eu, presenciei apenas com um único objectivo, ver, ou melhor, ouvir, se nenhuma expressão ou palavra homofóbica fosse proferida pela mãe descontrolada ou outra pessoa. Não, não houve, felizmente não houve. Até hoje não sei se as acusações são ou não infundadas. O adolescente nunca mais apareceu, nem a sua mãe. O E. continuou a ir às aulas. Nunca ninguém falou sobre o assunto...
É uma história triste, finalmente exorcizei-a.