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desde 1979

Um blog pessoal sobre várias visões: comida, cinema, música, alguma cultura, política e o dia-a-dia.

desde 1979

11
Set16

o tempo conquista-se

Luís Veríssimo

Há 15 anos cairam em Nova Ioque as Torres Gémeas. O tempo é lato, tal como a vida. Foge-nos por entre os dedos

Ontem a Aurora fez 4 anos. Quando chegou, chegou pronta para conquistar o tempo. No dia anterior havia morrido o seu bisavô, o meu avô paterno. Uma vida partiu, outra chegou.

Infelizmente não tenho nenhuma foto do meu avô. Tenho um lenço, um daqueles que ele usava sempre no bolso. Está tão velho. Costumo tê-lo na gaveta da roupa interior. Levei-o ao casamento da prima, também sua neta. Não disse a ninguém. Ainda está no bolso do peito do casaco. Do avô gostava de ter uma das suas boinas. Poderia ser uma das roçadas. Não tenho nada deste avô, nem do meu avô materno, nem da avó materna. Não tenho nada da minha mãe, nem da minha madrinha. Todos eles já morreram. E deles só tenho memórias e uma dor inesgotável. 

05
Jun16

5 coisas que eu adorava comer em miúdo

Luís Veríssimo

Tal como havia pelo menos 5 coisas que eu não comia em miúdo, havia outras tantas que eu adorava. Era um perdido. Podiam-me alimentar só destas 5 coisas que eu era feliz. E como hoje é domingo e já estamos em Junho, todas estas coisas são bastante apetecíveis para esta altura. Fiquem com água na boca, eu já estou... Vou fazer o almoço para os sogros... Eis as 5 coisas que eu adorava comer em miúdo:

 

02
Jun16

5 coisas que eu não comia em miúdo

Luís Veríssimo

Em criança era um castigo para comer. Não gostava de nada, não comia nada. Gostar até gostava, mas havia coisas que não suportava (algumas delas ainda hoje não como), ou porque não me sabiam bem ou porque não eram confeccionadas da melhor forma. Como em criança costumava estar muitas vezes doente o meu gosto também se ressentia e nada comia por simples falta de vontade ou apetite. Ainda hoje em dia quando me falta o apetite é sinal de que algo não está bem. Com o tempo o meu paladar melhorou e o meu gosto pela comida também. Hoje em dia, por defeito profissional, agora que me dedico mais à cozinha, como de tudo (pelo menos tento). E ontem como foi o Dia Mundial da Criança deixo aqui um especial sobre as 5 coisas que eu não comia em miúdo:

 

19
Mai16

"A Lagosta" ("The Lobster" 2015)

Luís Veríssimo

Yorgos Lanthimos não tem um cinema fácil, mas é um cineasta absolutamente maravilhoso. Este "A Lagosta" prova isso mesmo. Contudo, o rumo das personagens perde-se a dada altura na história do filme, sem se conseguir encontrar até ao fim da trama...

A Lagosta_2.jpg

 

Sinopse: Num futuro próximo, uma lei proíbe que as pessoas fiquem solteiras. Qualquer homem ou mulher que não tiver um relacionamento é preso e enviado para o Hotel, onde terá 45 dias para encontrar um(a) parceiro(a). Caso não encontrem ninguém, são transformados num animal da sua preferência e libertados no meio da Floresta.

 

O texto que se segue não contém spoilers.

 

A Lagosta_1.jpg

Cada vez que vejo ou revejo um filme de Lanthimos, realizador grego, sinto-me dentro de um dos muitos livros do escritor português José Saramago. Ambos têm uma estética própria, ambos têm uma escrita própria, ambos têm uma realização própria com um mundo próprio em que através das imagens e das palavras tentam provar e fazer passar a mensagem da teoria que nos estão a dar. Por vezes nem sempre acertam na mouche. Neste caso concreto, no filme "A Lagosta", a ideia está lá, o argumento está lá, as interpretações estão lá, a realização está la... Então o que falta? Falta ritmo na acção e estrutura na composição da mesma. Repito: as coisas estão lá todas, estão é dispersas perdidas na Floresta entre os arbustos e as árvores. A beleza das imagens e as interpretações dos vários actores, sobretudo, de Colin Farrell, Rachel Weisz, Léa Seydoux e John C. Reilley, os quatro protagonistas, não conseguem suplantar as falhas em que o filme se vê enredado a dado momento. O que na verdade é triste. É como se Lanthimos não tivesse dedos ou mãos para comer e mastigar convenientemente esta Lagosta.

A ver com cautela e com os dois pés atrás. Se o filme vos estiver a aborrecer aproveitem para um cochilo (sem ressonarem, por favor).

2 estrelas em 5.

Filme visionado a convite da NOS Audiovisuais.

19
Mai16

Sou ultrajante!

Luís Veríssimo

Wine 14.jpg

Tento cumprir as promessas que faço. Nem sempre as cumpro. Sou um ultraje. Dizem que sou um ultraje. Dizem por vezes que sou um ultraje. Dizem que sou ultrajante. Dizem por vezes ultrajante. Diz que sou assim, sem dó nem piedade. A verdade é que ainda não me sinto suficientemente ultrajante. Este texto começou a escrito ontem à noite... e como tal, devia ter bebido vinho para escrever este post. As palavras custam a sair. Vou roubar frases. Sou um ladrão de frases. Este blog tem que ser reactivado, custe o que custar.

Obrigado ao Leonismos pela pressão, às vezes é bom e necessário, para além de saber bem.

Imagem: caves da Adega Mayor.

05
Mai16

O Segredo de Gonçalo Teixeira

Luís Veríssimo

GT_Surf.png

 

Confesso que adoro este tipo de publicidade. É certo que o moço é giro e cativa (e isso ajuda muito a vender um produto). Apesar de não ser, nem ter, nada de extraordinário, esta publicidade está bem pensada, é eficaz e atinge os seus objectivos e o(s) seu(s) publico(s) alvo(s). E, literalmente, cheira a Verão.

Eis o segredo de Gonçalo Teixeira:

Fonte: dezanove.

22
Abr16

The Purple Kid

Luís Veríssimo

Le Prince est mort, vive le Prince!

1958-2016

Prince2.jpg

"Purple Rain" é o sexto álbum de estúdio de Prince, o primeiro com a sua banda "The Revolution", e é também o álbum da banda sonora do filme de 1984 com mesmo nome, de Albert Magnoli, que em Portugal ficou com nome "Viva a Música". Com este primeiro papel no cinema como actor, "o artista" é ele próprio, o The Kid (nome do seu personagem), que procura afirmar-se no mundo da música, tentando não ser mais um, mas um miúdo que seja e é, na verdade, diferente, único, um príncipe. Com a música "Purple Rain", que escreveu directamente para o filme, ganhou o Oscar para Melhor Canção Original em 1985. Com o álbum, e no mesmo ano, venceu dois Grammys, um para Melhor Performance Vocal em Grupo ou Duo Rock e outro para Melhor Álbum Composto Directamente para Filme o TV Especial. E assim se tornou único...

 

Fotogaleria: capas do Público e do Libération de hoje, 22 de Abril, e do The New Yorker de 2 de Maio de 2016.

 

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